18 de agosto de 2010

Caixinha de música



Estado desconcertante dentro de um corpo de bailarina. Postura. Pé ante pé em veludo. Elegância revestida no seu vestido branco esvoaçante com rendas. A bailarina, de cabeça erguida é dona da sua vida. Ou assim o pensa ela. Dentro da sua caixinha de música ela sonha que a abram para poder dançar e mostrar a sua magia encantando e roubando suspiros de contemplação.

Texto: Catarina Santos
Foto: Desconheço a origem da mesma

5 comentários:

Anónimo disse...

Inspiração, é uma palavra da qual gosto, porque não começar por dizer que me inspiraste para escrever tantos textos, como uma vez me disseste, são pedaços de mim, coisas que estão no meu interior, pertencem-me e que decidi partilhar, muitas delas contigo, expressas em cada palavra, em cada linha. As vezes penso no começo, e sei que era verão, sei que te temia, não via rasto de suavidade em ti, suavidade nas palavras, nas emoções, claro que não te conhecia, julgava apenas o que via a olho nú, mais tarde ensinaste-me que via apenas o que me permitias ver. Uma das impressões que tirei sobre ti foi que odeias que vejam o teu lado vulnerável, eras um forte, repleto de barreiras e defesas intransponíveis, e eu um ser banal aos olhos dos outros, embora sempre me tenha sentido fora dos padrões normais. Sentia-me imensamente pequeno face a ti quando começamos a falar, se me perguntares porque, dir-te-ei que por ver uma tamanha grandeza em ti, é difícil explicar isto, mas sempre tiveste a capacidade de entender-me, eu não via fraqueza em ti e sentia-me frágil, por muito deforme que seja a imagem que passo, por muito que mascare o que sinto, eu sei o que sou, o que era, apenas aquela pessoa que não sabia bem o que fazer da vida e que só sabia fazer asneiras e auto-destruir-se. Sentia-me lúcido a falar contigo, é uma coisa que nunca te disse, sentia firmeza na tua forma de ver a vida, nos teus valores, apreciava isso, mas aterrorizava-me que um dia me visses como banal, como algo demasiado usual, porque sempre soube que te interessam coisas diferentes, originais, sempre fui autêntico contigo e tu és sem dúvida das pessoas mais autênticas que conheci, mas estavas sempre rodeada de algo mágico, enigmático, assim nasceu o meu fascínio, absorvia cada pedaço de ti que me permitias.

Anónimo disse...

Quase que te sugava a essência, mas de uma forma positiva, aprendia de ti, rapidamente atrevi-me a perguntar-te tantas coisas que me intrigavam, que me faziam pensar e ao mesmo tempo coisas simples que queria saber como aconteciam, porque aconteciam ou como funcionam. Uma das primeiras definições que me deste sobre mim mesmo foi essa extrema curiosidade, admito-a, isso e a inocência, naquela tempo eu via isso como fraqueza, contigo aprendi a gostar desse lado, continuo a ter sonhos de menino e a ver a vida com um toque de fantasia, é um pouco como sou, mas sempre me tentaste abrir os olhos para o mundo real, e aprendi muito contigo e outras coisas de uma forma mais chocante. Um dia eu disse-te que não desisto de ti, da nossa amizade, e admito que me senti ferido quando recusaste algo meu, e quando recusaste pela segunda vez algo meu, fez-me parar e pensar, sempre tive o dom ou a condena de pensar demais. Não sei porque o fizes-te e assusta-me sabe-lo, mas sei que consegui de ti algo que queria bastante, que não duvidasses do quanto me és importante, não sabes como me senti bem quando me disseste aquela frase, “eu sei que gostas muito de mim, não duvido disso”, conquistei algo que me é importante, por vezes sinto que as pessoas não fazem ideia do que penso ou sinto, talvez seja demasiado complexo para ser entendido ou compreendido, mas consegui que soubesses isso e estou em paz. Apesar do que aconteceu ou possa acontecer, eu marquei-te, e sei que mesmo daqui por uns anos vais dar por ti a lembrar-te de mim em coisas simples, nem que seja ao veres um pijama dos simpsons. E tens razões para te lembrares de mim, sou uma pessoa diferente daquilo a que estavas habituada e talvez até tenha alguma grandeza em mim, uma dessas que não conseguimos ver, que pode aflorar a qualquer momento, e eu sei que sou bom a ser amigo, sei que lutei por ti e lutaria de novo, e é possível que poucas das pessoas que conheces se propusessem a dar-te o que rejeitaste mesmo correndo o risco de causar a tua fúria.

Anónimo disse...

Eu ia faze-lo, ia desafiar a fera Scarlet, e tenho a certeza que irias ler do principio ao fim. Por muito que te irrite ou te canse, um dia vais deitar-te na tua cama pegar no teu telemóvel e pensar em mim, porque sou aquele que sempre te dirá as coisas mais parvas, e sempre terá esperanças em seres humanos bons e num mundo colorido, e sempre estará disponível para te chamar menina, pitufa, e relembrar-te que és parva quando te rebaixas a ti própria. Até quando te desiludo, faço-o a dizer-te a verdade, sou diferente até a ser negativo. Sou um monstro para tantos e indefeso perante ti. Zangaste e a voz treme ao falar-te, convido-te para a banheira e digo-te que leves bikini, faço-te rir só por ser parvo e tímido, faço-te irritar por cair em trampas, porque no fundo defendes-me sempre que podes, mesmo estando cansada. Poucas pessoas te pedirão que lhes leias, que fales para adormecerem envolvidos na tua voz. Poucos te pedirão para lhes explicares o período. Poucos ficarão assustados quando te sentem ausente das suas existências. Muitos menos te contarão do homem da caixa, mostrando-te um lado humilhante da mente humana, mas ao mesmo tempo prático. Talvez poucos te metam na lista dos 5 mais importantes juntamente com os outros 4 imaginários. E te contarão coisas que os fazem sentir-se envergonhados e tapem a cara mesmo sem estarem a ser vistos. E te falarão em inglês, dizendo coisas privadas. E morderão o lençol para que não os ouças chorar. E ficarão a falar para ti até adormeceres e sem saber continuam tendo por público a tua almofada. E talvez ainda menos tenham a tua sms de 18 de Outubro a dizer “Pronto para veres que guardei o teu nmr xD dorme bem. Beijinho* Podes sorrir agora ahahahah” e sim, sorri, e mesmo agora continuo sorrindo x) sorrio porque sei que te marquei. E sorrio porque sei que sou algo bom na tua vida, e sei-o porque parti a cabeça para te dar algo especial nos anos, e sei-o porque no natal foste a única a dar-me um sítio, e sei-o porque quando choro sinto a tua falta, e sei-o porque ainda hoje sorrio ao ler aquela sms, e sei-o porque prefiro a verdade mesmo desiludindo-te, e sei-o porque hoje estive numa feira do livro e pensei em ti porque gostas de ler, e sei-o porque nunca te desejei mal, mesmo sendo posto no fogo, ardi sozinho. Não importa as partes de mim que não queiras, porque aceitaste todas as outras.

Anónimo disse...

E é isso, não importa que quando o sono passar me sinta exposto a ti

Marcelo Petter de Vargas disse...

Parabéns!