A vida é como uma Ópera. As cortinas abrem-se e quem entra em cena sou Eu. Eu sou a personagem principal da minha própria Ópera. A minha Ópera é conjugada com outras personagens e não é considerado apenas um monólogo. Essas personagens podem ser meros estranhos, como não. Eu decido tal porque Eu determino a maneira como vejo as coisas que me rodeiam. Uma Ópera tende a ser grandiosa, consoante o enriquecimento entranhado na mesma. Um dos meus principais objectivos é esse mesmo. Absorver conhecimento e sabedoria. E sabe beber quem quero, onde quero e quando me apetecer. Um dia as cortinas irão-se fechar. Até lá viverei a minha Ópera com toda a intensidade que me for possível. Com o uso de máscaras, sem o uso de máscaras. Eu decido tal. O momento influenciará tal. Como cheguei a ser o que sou? Eu sou o que sou. Sou única à minha maneira. A minha essência é moldada consoante aquilo em que acredito, aquilo que me mantêm presente. As minhas características estão presentes em mim e, reflectem-se através das minhas acções e atitudes. Tenho consciência de mim mesma. Afinal de contas, Eu sou a personagem principal da minha Ópera. Faço a minha própria arte. Sou egoísta demais para a dar a conhecer. Quando morrer, a minha arte morrerá comigo.
28-10-2008
Texto: Catarina Santos
1 comentário:
A tua ópera, onde és o princípio e o fim, apenas tu decides o que mostras de ti.
Esse palco chamado “vida”, espero que o percorras com alegria, abre as portas da percepção, usa o poder da imaginação e não deixes que a resignação consuma a tua ilusão.
Ser incompleto e complexo, no teu mundo paralelo, dividido entre o real e imaginário, como tu sabes fazê-lo.
Incompleto por estares sempre em progresso, evoluis a cada dia, impressionas-me com a tua ousadia, e a tua forma de veres a vida.
Simplesmente tu, mesmo que não consigas controlar cada momento da tua vida, encaras as situações com inteligência, mais uma das qualidades que aprecio em ti, autonomia e apreciação crítica, noção plena do que acontece no teu dia-a-dia.
A tua mente única que fascina, por vezes intriga, e no dia que se fechar a cortina, perder-se-á muito mais do que uma vida, contigo levarás um mundo inteiro, único, inalcançável para muitos, fantástico e absolutamente teu, original como o teu ser.
La beauté est quelque chose qui peux se gacher, si nous la consumons mal.
Como quem diz: que a beleza é algo que se pode cansar, se a consumirmos mal.
(por todas as vezes que me dizes que te canso a beleza)
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